sábado, 24 de abril de 2010

O 25 de Abril e a luta contra guerra




A luta dos trabalhadores e dos militares portugueses, assim como dos povos colonizados, conduziu ao derrube do regime fascista em Portugal, no 25 de Abril de 1974. Foram então conquistadas importantes liberdades democráticas e criadas condições para o fim da guerra colonial, que a ditadura levava a cabo em África.
Passados 36 anos sobre essa data, Portugal está hoje novamente envolvido em mais uma odiosa guerra colonial, desta vez no Afeganistão, ao serviço da NATO e dos EUA.
A PAGAN (Plataforma anti - Guerra anti – NATO) considera que a próxima cimeira da NATO, que se vai realizar em Portugal, em Novembro, deverá representar um momento alto do nosso protesto contra o agressivo bloco militar imperialista e a criminosa guerra do Afeganistão.



PLATAFORMA ANTI-GUERRA, ANTI-NATO
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antinatoportugal@gmail.com
paganorte@gmail.com

terça-feira, 13 de abril de 2010

PORTO DE PONTA DELGADA (AÇORES): COMO SE ALCANÇA A PAZ SOCIAL?




Não vamos escrever aqui sobre o sindicalismo colaboracionista com os patrões e os governos, nem nos sindicalistas correia de transmissão desta ou daquela corrente da esquerda que suporta o sistema capitalista. Também ficará para outra altura a denúncia dos sindicalistas que o são apenas para satisfazer a sua ânsia de poder, servindo-se dos trabalhadores como moeda de troca ou carne para canhão nos confrontos que são travados sobretudo fora dos períodos eleitorais já que nestes os sindicatos ficam às moscas pois os seus ocupantes andam a colar cartazes ou a agitar bandeiras com as suas cores partidárias.
Neste texto também não vamos gastar tinta com os gestores da OPERPDL- Sociedade de Operações Portuárias de Ponta Delgada, Lda. pois estes estão a cumprir o seu papel de servos do capital. Então, vamos ao que interessa!
Como foi noticiado pela comunicação social de São Miguel, o STPGO-Sindicato dos Trabalhadores Portuários do Grupo Oriental recebia (ainda recebe?) cinco mil euros mensais da empresa mencionada para evitar qualquer conflito laboral no Porto de Ponta Delgada. Mas a trafulhice não ficava por aí, de acordo com o jornal “Correio dos Açores”, de 24 de Março de 2010, a OPERPDL “colocou a trabalhar na empresa um genro e um filho do Presidente do Sindicato”.
Mas tão ou mais grave do que o atrás relatado é que nos Açores não se ouviu uma única voz a condenar o sindicalismo de resultados do STPGO.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Enfermeiros dos Açores em protesto

O descontentamento dos enfermeiros continuou a manifestar-se na madrugada, manhã e tarde de ontem com níveis de adesão à greve situados acima dos 90% , 87% e 88%, respectivamente, segundo revelou à rádio TSF/Açores fonte da delegação regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Francisco Branco, responsável do SEP nos Açores, indicou que a adesão à greve, no turno da noite, compreendido entre as 00h00 e as 08h00, superou os 90%. “No que diz respeito aos hospitais, continuamos com a média bastante alta, estando acima dos 90%. No caso do Hospital da Horta, a adesão foi mesmo de 100% durante a noite, e no Hospital do Divino Espírito Santo foi de 98%”. Segundo o dirigente sindical, o mesmo aconteceu com os centros de saúde da Graciosa, de Vila Franca do Campo, do Nordeste e da Povoação, “onde a adesão foi de 100%”. Já no que respeita ao turno da manhã de ontem, entre as 08h00 e as 16h00, a adesão à greve fixou-se muito acima dos 80%. “Nós acabámos por fechar o turno com 87% de adesão à greve nos Açores”, referiu Francisco Branco, acrescentando que “durante a manhã estavam previstos para trabalhar 614 enfermeiros e 536 aderiram à greve”. Já no Hospital da Horta a adesão foi de 91%, no Hospital de Angra do Heroísmo de 84% e no Hospital de Ponta Delgada de 83%. Aliás, de acordo com o sindicalista, o Centro de Saúde da Horta foi o expoente máximo, uma vez que os 21 enfermeiros previstos para trabalhar aderiram à greve. Mais uma vez, os números revelados pelo Governo Regional no que respeita à greve não coincidem com os do SEP. São disso exemplo, os números apresentados pelo Executivo, relativamente ao turno da manhã de ontem. Assim, segundo uma nota informativa, “nos hospitais aderiram 85% dos enfermeiros, enquanto nos centros de saúde a adesão foi de 69%”, sustenta o Executivo. No turno da tarde, das 16h00 às 00h00, o SEP volta a indicar uma forte adesão dos enfermeiros à greve. “No global dos Açores, a adesão ficou-se pelos 88% (...). Dos 134 enfermeiros escalados para trabalhar durante essa tarde, 118 fizeram greve”, revelou o sindicalista. Os blocos operatórios dos três hospitais da Região continuam a sofrer com esta paralisação, uma vez que viram-se impedidos de funcionar devido à falta de enfermeiros, tendo sido apenas assegurados os serviços de urgência. Na base desta greve estão os vencimentos de entrada na classe de enfermeiro.

Daniela braga correia
Fonte: Açoriano Oriental, 1 de Abril de 2010